O São Paulo enfrentou o Vitória com o Barradão lotado e um adversário extremamente competente em sua casa – havia vencido cinco de seis jogos no estádio – com nada menos que quatro desfalques considerados titulares. Mais que isso, as ausências se concentravam nas mesmas posições, já que André Dias (suspenso) e Miranda (lesionado) deixavam à zaga, enquanto Aloísio (suspenso) e Borges (lesionado) obrigaram o treinador a escalar um time pela primeira vez no ano sem nenhuma ‘referência’. Muricy ousou até na hora de fazer a relação dos jogadores para a partida e às 23 horas da última segunda-feira, véspera da viagem para Salvador (BA), o técnico ligou para o CT de Cotia e pediu a inclusão de Pablo, atacante de 21 anos, que faz parte do time aspirantes do Tricolor – aqueles que já estouraram a idade das categorias de base. Em campo, o técnico também surpreendeu. Escalou duas linhas de quatro jogadores, trocou Jorge Wagner com Richarlyson em menos de 10 minutos ao perceber a força ofensiva do Vitória pela direita e dominou a equipe baiana. O jogo ‘quase perfeito’, segundo o próprio técnico, não o surpreendeu. “Essa é a diferença de estar aqui há mais de dois anos e sete meses. Conheço todos, sei o que posso tirar desse elenco e quando precisar dos jogadores da base, sei exatamente com quem posso contar”, afirmou o comandante são-paulino, que já busca solução para os desfalques de Joilson e Richarlyson, suspensos contra o Botafogo. Muricy Ramalho é o treinador da Série A há mais tempo num mesmo clube e com 380 pontos em cinco edições, é também o técnico que mais pontos somou na era dos pontos corridos, a partir de 2003. Rubens Chiri
Técnico Muricy Ramalho tem o elenco do São Paulo nas mãos