Antes de embarcar para Pequim, onde buscará o inédito ouro da seleção olímpica do Brasil, o volante Hernanes primeiro disse confiar no elenco são-paulino para suprir sua ausência junto com a de Alex Silva e que o time tem um técnico muito competente que saberá lidar com os desfalques.

“O São Paulo tem grandes jogadores e o Muricy conhece profundamente o elenco e com certeza deixará a equipe com a mesma competitividade”, falou o camisa 15 do Tricolor, com presença constante até na seleção principal – disputou os últimos dois jogos pelas Eliminatórias, contra Paraguai e Argentina, respectivamente.

Mas Hernanes aproveitou a deixa e já postulou um possível substituto para sua vaga. “O elenco tem várias opções. O Jean, por exemplo, que pouca gente conhece, joga muito e tenho muita fé nele. É só dar continuidade”, afirmou o meia, indicando o amigo como um possível sucessor.

Jean tem trajetória parecida com a de Hernanes. Eles fazem parte da mesma geração e conviveram juntos durante anos nas categorias de base do São Paulo e não se firmaram na primeira chance no profissional – Jean fez apenas um jogo em 2005. Assim como o amigo da seleção, que passou pelo Santo André, Jean também foi emprestado. Ele já atuou no América (SP), Rio Claro (SP) e Panafiel (Portugal), antes de ser integrado ao time profissional.

“Agora é diferente. É a primeira vez que estou aqui em definitivo. A preparação é melhor e também estou mais maduro. Focado mesmo. Estou confiante para aproveitar minhas chances”, diz Jean.

Contra o Botafogo, o jogador de 22 anos entrou em campo pela primeira vez na temporada, a segunda pelo Tricolor. Foram apenas dois minutos e uma participação. Mas ele lembrou da força que Hernanes havia lhe dado antes da partida.

“Quando fui relacionado para o banco, o Hernanes me disse para ter fé que jogaríamos juntos. Foram poucos minutos, mas já é o começo. Agora é dar continuidade e buscar meu espaço”, revela.

Foto: Miguel Schincariol