Em 1993, a equipe do São Paulo se consagrou com a primeira conquista da Copa São Paulo em sua história. Nesse time estava o até então zagueiro Sérgio Baresi, que na ocasião tinha 20 anos, e começava a sua carreira no futebol. Dezessete anos depois, ele dá início à sua caminhada como treinador conquistando o mesmo título que o deu destaque como atleta. Veja a entrevista com o comandante são-paulino no tri da Copinha!

Como avalia a preparação feita para a Copinha?

“A preparação foi a ideal, pois tivemos pelo menos vinte dias de trabalho antes do campeonato. Então acho que nossa caminhada vitoriosa começou aí, quando colocamos qual seria a forma de desenvolver esse trabalho, com uma filosofia de time aguerrido, altamente ofensivo. Na competição, fomos crescendo no decorrer dos jogos e chegamos inteiros à grande final.”

O que acha que foi fundamental para a vitória?

“Eu costumo falar que nosso elenco é muito forte. Obviamente que havia 11 titulares, mas em todos os jogos usamos as três substituições. Além de usá-las, esses atletas estavam sendo colocados em funções específicas pra fazer a diferença pra gente, e muitas vezes eles fizeram isso. No domingo, mais uma vez quem entrou deu conta do recado.”

A equipe pareceu muito segura na disputa de pênaltis. Qual foi a preparação para esse momento?

“O momento da penalidade máxima é muito delicado, mas altamente técnico. Esse foi um fator positivo, pois estávamos preparados para essa decisão. Obviamente fizemos de tudo pra decidir o jogo nos 90 minutos, mas havíamos treinados muito os pênaltis e estávamos preparados. Além disso, brilhou a estrela do Richard, que foi muito bem.”

Você foi campeão como jogador e agora como treinador. Tem uma relação especial com a Copa  São Paulo, não?

“Eu lembro que na época em que ainda jogava cheguei a três finais consecutivas com o São Paulo e ganhamos a de 93 em cima do Corinthians, em jogo emocionante. Na segunda-feira, o que vivi foi muito emocionante. Vivi o outro lado da história, e entendi o quanto precisa de muito equilíbrio, calma e frieza para dirigir uma equipe.”

O que vislumbrar dos garotos de agora em diante?

“As pessoas têm que entender que é uma equipe em desenvolvimento e esses atletas precisam crescer. Todos têm grande potencial e é isso que vamos buscar estimular pra depois no futuro, se o professor Ricardo Gomes tiver a necessidade de alguém, aí sim eles estarem mais preparados.”

Gostaria de deixar algum recado?

“O recado é bem simples, mas de coração. Agradecer a torcida de Jaguariúna, as pessoas de lá, que nos deram suporte, do hotel. Quero agradecer muito a Jaguariúna, que fez nossa logística incrível, tivemos absolutamente tudo o que precisamos, tranquilidade pra trabalhar. E, é claro, para a nossa torcida e diretoria, que teve toda a confiança no trabalho.”

Baresi, em sua época de Copa São Paulo
Foto: Arquivo Histórico SPFC