Foram 16 gols em 31 partidas pelo Tricolor em 2016, obtendo a artilharia da Copa Conmebol Libertadores daquele ano, com uma campanha de destaque até as semifinais da principal competição do continente sul-americano. Foram seis meses intensos de Jonathan Calleri com a camisa do São Paulo, suficientes para o atacante argentino criar identificação com o clube e uma relação de carinho e respeito com a torcida tricolor. Cinco anos depois, ele pode comemorar o retorno ao lugar que só lhe traz boas recordações.
“Estou muito contente por voltar. Esse é o lugar onde mais me senti bem, feliz e confortável, onde mais me respeitaram e gostaram de mim. Espero fazer o mesmo trabalho que fiz da primeira vez. Acredito que posso fazer isso. A entrega para mim é o máximo, e vou deixar tudo por esta camisa. Tomara que possa fazer os mesmos gols que fiz e que possa ajudar a equipe da maneira que puder”, disse Calleri.
“É muito lindo o reconhecimento que me dão. Sou muito grato a todos por poder fazer algo que eu queria, que era voltar a vestir a camisa do São Paulo. Como eu disse, a verdade é que sou muito grato a todos, o vídeo do meu anúncio me encantou, eu me emocionei. Espero voltar a respeitar esse clube como ele me respeitou, dando tudo por essa camisa”, completou.
Emprestado pelo Deportivo Maldonado-URU, Calleri assinou um contrato válido até 31 de dezembro de 2022, com opção de compra. Ele desembarcou na manhã desta quinta-feira (2) no Aeroporto Internacional de Guarulhos e, pouco tempo depois, compareceu ao treinamento da equipe. Assim que chegou ao CT da Barra Funda, cumprimentou diretores, funcionários, membros da comissão técnica e os companheiros de clube. Em seguida, foi submetido a avaliações na academia e no REFFIS, antes de ir ao gramado para realizar exercícios físicos.
“Estou bem. Acredito que esses dias sem jogos do São Paulo vão me ajudar a ficar bem fisicamente e tecnicamente. O que aconteceu em 2016 foi muito lindo para mim, mas creio que essa etapa já passou e tenho que deixá-la para trás, começar do zero outra vez, me adaptar aos companheiros, à comissão técnica, demonstrar no campo que posso render com essa camisa e voltar a ser feliz, que para mim é o mais importante”, destacou.
Calleri falou ainda sobre o fato de encontrar diversos argentinos no clube, como os jogadores Benitez e Rigoni, além de membros da comissão técnica encabeçada por Hernán Crespo. O atacante fez questão de reforçar, no entanto, que o grupo do São Paulo Futebol Clube é um só, com todos os atletas lutando pelos mesmos objetivos.
“Acredito que os argentinos me ajudem em uma rápida adaptação. Por mais que eu já tenha vivido seis meses no Brasil e já conheça tudo, é sempre bom ter pessoas que falam o mesmo idioma, que conhecem melhor os seus costumes. Mas aqui somos só um grupo, com brasileiros, argentinos e sul-americanos de todas as partes do continente. E espero que todos possamos ser um grande grupo para conseguir objetivos grandes”, ressaltou.
Ser comandado por Hernán Crespo, um ídolo e um dos maiores centroavantes da história do futebol mundial, também é motivo de motivação e orgulho para Calleri. “Vai ser uma honra ser treinado por Hernán. Como jogador, todos sabem o que ele foi, referência na seleção da Argentina por muitos anos, jogou muitas temporadas na Europa. Obviamente, para todos os centroavantes, trata-se de uma pessoa que devemos olhar e nos inspirar. Creio que ele pode dar muitos conselhos para os atacantes marcarem gols, que é o mais importante”, afirmou.
Para finalizar, Calleri deixou um recado aos torcedores são-paulinos: “Torcedor, estou muito agradecido por todo o carinho que recebi quando cheguei no aeroporto, todo o carinho que me deram pelas redes sociais. Estou muito contente por estar aqui em casa outra vez. Espero dar a vocês as maiores alegrias. De minha parte, sempre darei 100%. Espero ser feliz e que vocês sejam felizes também”.