Um erro grotesco da arbitragem foi suficiente para acabar com a tarde do São Paulo, neste domingo, no estádio Olímpico, O jogo Como era previsto, Muricy Ramalho confirmou a presença de Zé Luis na ala direita, com Jean cuidando do meio-de-campo e o zagueiro Anderson estreando no Campeonato Brasileiro, ao lado de Rodrigo e André Dias. Previsto também era a pressão do Grêmio. Os donos-da-casa partiram para cima do Tricolor ao apito inicial de Alicio Pena Júnior. A chuva que castigou Porto Alegre durante todo o dia deixava liso o gramado do estádio Olímpico. Qualquer chute era sinal de perigo para ambos os lados. Bem postado, o São Paulo tentava administrar o ímpeto do adversário nos minutos iniciais. O que ninguém poderia esperar era com o erro grotesco da arbitragem, logo aos oito minutos de partida. O atacante Marcel cruzou da direita e o colombiano Perea, completamente impedido, dividiu com Rogério Ceni e empurrou para as redes. O jogador gremista ficou até sem graça de comemorar diante da falha absurda do juiz Alício Pena júnior e o auxiliar Cleriston Clay Barretos Rios. Não bastasse o gramado encharcado do Olímpico, o São Paulo percebeu que teria também de superar a arbitragem para faturar um bom resultado fora de casa. O inesperado gol abalou o Tricolor. A equipe tinha dificuldades de trocar passes diante da forte marcação gaúcha. Dagoberto recuava até o meio-de-campo na tentativa de auxiliar na armação das jogadas. Com isso, André Lima acabava ficando isolado no meio da defesa gremista. Do outro lado, o Grêmio saía rápido para o ataque e dava trabalho ao sistema defensivo do São Paulo. As bolas cruzadas eram sempre perigosas, principalmente com Perea. Aos 16, em um contra-ataque, Perea ficou mano a mano com Rodrigo e, por pouco, não complicou a vida de Rogério Ceni. O primeiro lance mais perigoso do São Paulo só veio aos 22 minutos, em um chute rasteiro de Dagoberto. O gramado molhado a fez a bola ganhar mais velocidade. Victor fez boa defesa. O lance do atacante mostrou ao Tricolor que era possível chegar ao empate. Aos poucos, o Tricolor foi se soltando e tendo mais facilidade para trocar passes. Aos 41, André Lima tocou para Dagoberto, que avançou, invadiu a área, mas foi travado na hora do chute. Hugo, sozinho, cobrou o jogador. Antes do intervalo, Dagoberto e Léo se estranharam, trocaram empurrões e acabaram expulsos. Para a etapa final, Muricy Ramalho voltou com Borges no lugar de André Lima, que pouco apareceu. A alteração não rende o esperado e, aos 12, o treinador volta a mexer no time. Dessa vez, sai Jorge Wagner e entra Éder Luis. Quatro minutos depois, Zé Luis achou Éder Luis, que escapa da marcação de dois e rola para Borges, que chuta por cima. O São Paulo dá mostras de que tem força para empatar, mas o Grêmio segue perigoso no contra-ataque. Aos 19, Marcel arrisca e a bola passa por cima do gol de Rogério Ceni. Com a pressão são-paulina, a equipe gaúcha aumenta o volume de jogo para reequilibrar o confronto. William Magrão e Anderson Pico assustam em chutes de longe. A resposta do Tricolor não demorar a vir. Éder Luis avança pela direita e cruza. A defesa do Grêmio divide com Hugo e a bola sobra limpa para Jean, que erra o alvo por pouco Souza e Reinaldo entram na equipe gaúcha e voltam a dar trabalho ao sistema defensivo do São Paulo. No lance mais perigoso, aos 40, Reinaldo recebe lançamento, ganha na corrida de André Dias e toca na saída de Rogério Ceni. A bola bate no pé da trave e volta para o atacante, que chuta pra fora. O São Paulo ainda pressiona no fim do jogo, mas o Grêmio vence com um gol irregular do colombiano Perea, em um erro absurdo da arbitragem.