Os jogadores do São Paulo e o técnico Dorival Júnior foram enfáticos nas reclamações em relação ao árbitro Wagner do Nascimento Magalhães, do quadro da Fifa e da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ), que apitou o empate entre São Paulo e Corinthians na manhã deste domingo, dia 24 de setembro. Pelos menos quatro lances de grande importância para o resultado final da partida, foram apontados pelos são-paulinos em unanimidade.
O primeiro lance polêmico na partida, ainda no primeiro tempo, aconteceu antes do gol de Petros. Balbuena chutou para isolar a bola, porém, ela termina na mão de Pablo em lance na área, mas o árbitro mandou seguir.
“Antes, teve aquela confusão com a mão do Jô (gol da vitória do Corinthians sobre o Vasco, por 1 a 0, na última rodada do Brasileiro, em Itaquera). Hoje, foi o Rodriguinho. Essas mãozinhas estão ajudando o Corinthians”, lamentou Hernanes.
Depois, Pablo, novamente, disputava com Marcos Guilherme um lance perto da área e atrasou a bola para Cássio. O goleiro do alvinegro pegou a bola com as mão, em claro recuo irregular. Mas, mais uma vez o árbitro mandou seguir, alegando que Pablo não teve intenção no recuo. “Ele ignorou o lance e a regra”, disse Dorival Júnior.
No segundo tempo, Petros é pisado no braço por Maycon, que nenhuma punição levou. No lance seguinte, Lucas Fernandes errou o tempo em uma chegada, pedindo desculpa para o adversário, mas, sem critério claro, foi punido com cartão.
“Em outro lance, o Maycon dá um chute na mão do Petros e ele não deu cartão amarelo. Na jogada seguinte, o Lucas Fernandes assume a falta que ele nem tinha visto, e ele deu o cartão que não deu para o Maycon. São decisões que temos que rever”, reclamou Rodrigo Caio.
“Quem tirou a nossa vitória não foi o Corinthians, foi a arbitragem. Não podemos aceitar isso, vem acontecendo muito. É lamentável isso, triste, porque, pela partida que fizemos, não merecíamos o empate”, emendou o zagueiro.
Quando ainda estava 1 a 0 para o São Paulo, aos 13 minutos da segunda etapa, aconteceu o lance de maior reclamação dos são-paulinos. Após escanteio de Cueva, Militão fez 2 a 0 para o São Paulo, de cabeça, mas o árbitro marcou falta de Pratto no goleiro Cássio.
“Na verdade eu fiquei parado e o Cássio veio ao meu encontro. Não fiz nenhum movimento para atrapalhá-lo. Mas futebol está assim, meio estranho. Tem muitos árbitros na área, um árbitro para apitar os pênaltis, um para ver a jogada, o bandeira. E mesmo assim eles estão errando. Acho que é preciso uma maior capacitação a eles, não acham?”, questionou Pratto.
Após a partida, em entrevista coletiva, Dorival Júnior analisou a arbitragem, e lamentou. “Taticamente, foi uma partida quase perfeita do São Paulo, que se dispôs na marcação e conseguiu ações importantes. Tivemos penalidade não anotada e três lances capitais decisivos. No segundo gol, Pratto de costas para o Cássio, e o árbitro aceitou as condição do Cássio. Um segundo gol naquele momento mataria o jogo, com certeza, controlávamos com marcação muito forte. É uma pena que deixamos escapar, mais uma vez, um resultado fundamental que buscamos há algum tempo, dentro da crescente em que estamos”, falou o técnico.
“Não foi incompetência da arbitragem. Ele nos tirou a possibilidade do resultado, mas é um erro que poderia acontecer a nosso favor. Acabaria o jogo com o segundo gol. Os lances capitais para nós foram: primeiro no pisão do Maycon, que ninguém viu, mas o Lucas depois levou cartão. A bola atrasada pelo Pablo, claro recuo. O terceiro foi o pênalti, o Pablo abriu o braço na área, mas foi ignorado. Jogar contra Corinthians, líder da competição, e fazer o que fizemos, não é qualquer equipe que consegue”, finalizou.