O futebol deixou ser o foco principal. O São Paulo entrou em campo apenas para jogar futebol e tentar garantir sua vaga na final do Campeonato Paulista. Mas fatores extracampo atrapalharam demais a equipe, que ainda foi guerreira, lutou de igual para igual com o rival, mas acabou perdendo por Muricy Ramalho mandou um time a campo usando basicamente o posicionamento tático da primeira partida. Sem Zé Luís e Richarlyson, ambos suspensos, o treinador escalou Fábio Santos, reintegrado pela diretoria e o experiente Júnior na lateral-esquerda. O esquema com três zagueiros foi mantido, assim como o ataque, que teve Dagoberto e Adriano. Quando a bola rolou, a primeira chegada perigosa do Tricolor aconteceu aos 15min, quando Jorge Wagner foi lançado por Júnior na esquerda. A bola correu muito e permitiu o corte de Marcos, que saiu do gol e deu um bico de pé direito. No minuto seguinte, Adriano recebeu na entrada da área, se livrou de Henrique e bateu de pé esquerdo, à esquerda do gol do time adversário. Veio então a surpresa e o Palmeiras abriu o marcador aos 22min, em chute de Léo Lima. O Tricolor não se abateu e foi ao ataque. Aos 34min, após boa jogada de Dagoberto pela esquerda, a bola foi cruzada para Adriano que, na hora do chute, foi desarmado pela defesa adversária. Quatro minutos depois, após cruzamento da esquerda de Jorge Wagner, Adriano ganhou de Marcos no alto. A bola ia entrar mas Gustavo evitou o gol. Veio então o intervalo. E começou a vergonha. O vestiário, que seria usado para Muricy Ramalho orientar o time e renovar os ânimos, ficou impossibilitado de ser usado depois que um spray de gás foi atacado. Os jogadores tiveram de voltar rapidamente para o gramado. O treinador encheu o time de brio que, mesmo diante das adversidades, voltou com gás total. Com Borges na vaga de Dagoberto, o time ganhou força ofensiva. Aos três minutos, Hernanes cobrou falta por cima do gol. Aos 12min, foi a vez de Júnior assustar. O camisa seis avançou pelo meio e, na entrada da área, bateu firme, de pé esquerdo, no canto esquerdo de Marcos, que caiu e fez firme defesa. Dois minutos depois, Hernanes fez grande jogada e de pé esquerdo, disparou uma bomba no canto direito de Marcos, que fez um milagre. A pressão era muito forte. Aos 26min, Jorge Wagner cobrou falta no ângulo do goleiro palmeirense, que mais uma vez, evitou o pior. Aos 37min, num verdadeiro pecado, Borges quase fez o gol. Ele recebeu de Adriano cara a cara com Marcos e, na hora do chute, foi desarmado por Henrique. Aos 39min, o Palmeiras fez o segundo gol com Valdivia. E, misteriosamente, a luz no Parque Antártica acabou. Vinte minutos depois, a partida foi reiniciada e Marcos, o melhor em campo, fez nova defesa em chute de Hernanes.