Convocado para os amistosos da Seleção Brasileira em março para
os amistosos contra França, em Paris, e Chile, em Londres, o
volante Souza vivia a expectativa de ser chamado para a disputa da
Copa América de 2015. Fora da lista do técnico Dunga, que anunciou
os nomes na última terça-feira (5), o volante não desanimou e foi
um dos destaques do Tricolor na vitória sobre o Cruzeiro (1 x 0),
no Morumbi.
“Respeito o Dunga, que me deu duas oportunidades lá que nenhum
outro me deu. Agora é trabalhar ainda mais para ter outras
oportunidades. Graças a Deus, o que eu mais temia, e não aconteceu,
era que isso me influenciasse dentro do meu rendimento. Foi um bom
jogo, individual também. Mas espero que não só para mim, mas para
todo o time, que seja um espelho para dar continuidade no resto do
ano”, afirmou.
E os números do camisa 5 no embate com os cruzeirenses mostrou
que o jogador não acusou o golpe. Ao contrário. Demonstrou
motivação para seguir trabalhando em busca de uma oportunidade para
poder defender o país. Souza fez quatro desarmes e acertou todos os
45 passes que deu no confronto com os mineiros: 100% de
aproveitamento nos fundamentos. Firme na marcação, o jogador ainda
deu força ao sistema ofensivo e apareceu constantemente como elenco
surpresa na área do adversário.
De acordo com o defensor, o retorno de sua boa fase passa pelo
bom momento da equipe, que reagiu no comando de Milton Cruz. “É
complicado falar em relação a isso. O Muricy é um grande treinador,
mas aquela mudança, da forma que foi, tinha que mexer com a gente
de alguma forma”, opinou o volante são-paulino, que
acrescentou.
“O Milton está fazendo um grande trabalho, mas a saída do Muricy
mexeu com a gente. A saída dele fez a gente saber que era preciso
criar ainda mais. Não tinha mais o que fazer…Tirou o Muricy, ia
tirar mais quem? O grupo entendeu isso e o Milton tem um dedo
também”, disse. Por fim, o atleta valorizou a vantagem obtida
no jogo de ida das oitavas de final da Copa Bridgestone
Libertadores da América
“É uma vantagem pequena, porém é uma vantagem. Seria muito ruim
sair do Morumbi no 0 a 0. O jogo estava se encaminhando para isso,
porque o Fábio estava muito inspirado, mas conseguimos o gol do
Centurión porque merecemos. Com um gol lá, nós obrigamos o Cruzeiro
a fazer três. Se repetirmos a garra e a vontade demonstradas contra
Corinthians e Cruzeiro, com certeza podemos sair classificados”,
finalizou.