8/08/2007 - 00:00
No duelo mais esperado do ano, o São Paulo mostrou porque é o atual campeão brasileiro e primeiro colocado na tabela. Novamente atuando com muita inteligência e organização tática, o time soube controlar o ataque do Botafogo e, em nove minutos, garantiu a vitória por O jogo Sem poder contar com Souza e Hugo, suspensos pelo terceiro cartão amarelo, Muricy Ramalho recuou Leandro do ataque para o meio-campo e apostou em Dagoberto, que voltava após se recuperar de uma contusão muscular. Jorge Wagner seguiu na ala esquerda, se alternando com Richarlyson que, ora era volante, ora funcionava como um lateral. O primeiro tempo esteve longe de ser o jogo técnico que todos imaginavam. Muito por causa do péssimo estado do gramado do Maracanã, que reabriu recentemente após a realização dos Jogos Pan-Americanos. Os dois times, que têm no toque de bola os seus pontos fortes, foram claramente prejudicados. A tônica do primeiro tempo foi a cautela excessiva das duas equipes. O São Paulo, sabendo que o Botafogo tentaria tomar a iniciativa da partida, se postou corretamente priorizando o setor de marcação e valorizando a posse de bola. Já o Botafogo teve muita dificuldade para criar jogadas de perigo, já que novamente a defesa tricolor, a melhor do Campeonato Brasileiro, não deu o menor espaço. Dodô e André Lima foram vigiados severamente por Alex Silva, Breno e Miranda. Com isso, as chances de gol foram praticamente nulas no primeiro tempo. Os cariocas tiveram um chute de fora da área de Joílson, que saiu à esquerda do gol de Rogério Ceni, logo aos seis minutos. O São Paulo só foi levar perigo aos 44 minutos, em chute cruzado de Richarlyson, que saiu à esquerda de Marcos Leandro. No mais, bolas cruzadas na área sem perigo e as marcações sempre levando vantagem sobre os ataques. A nota triste do primeiro tempo foi a séria contusão sofrida pelo lateral-direito Reasco, do São Paulo. Após sofrer uma falta de Luciano Almeida, ele prendeu o pé no gramado do Maracanã e acabou fraturando a tíbia da perna esquerda. Muricy Ramalho repôs a perda com a entrada de Hernanes, que deu conta do recado com tranquilidade. Na etapa complementar, o Botafogo criou a sua melhor chance de partida logo aos dois minutos, em cabeçada de Juninho, que foi bem defendida por Rogério Ceni. O jogo não mudou de panorama. O time carioca tentava atacar, mas não tinha espaços. E o São Paulo, quando tinha a posse de bola, jogava com extrema paciência, sem se importar com as vaias da torcida adversária. Aos 12min, Muricy Ramalho resolveu mudar o Tricolor. Ele tirou Dagoberto, que estava sem ritmo e colocou Júnior, que entrou para jogar no meio-campo. Leandro, com isso, foi adiantado para o ataque, como vinha jogando nas últimas partidas. Essa alteração mudou o comportamento da equipe em campo. O time ganhou mais qualidade no toque de bola e passou a chegar no ataque com mais freqüência. Até que aos 18min, o São Paulo abriu o marcador. Jorge Wagner cobrou escanteio pela esquerda e Alex Silva, no meio da área, cabeceou no canto esquerdo de Marcos Leandro. Em desvantagem, o Botafogo partiu para o tudo ou nada. O técnico Cuca tirou o lateral-esquerdo Luciano Almeida e colocou o atacante Adriano Felício. Ele improvisou o volante Túlio na zaga e partiu atrás do empate. Mas o camisa cinco do time carioca pôs tudo a perder ao ser expulso após covardemente chutar a cara do atacante Leandro, que havia sofrido uma falta. Com um a mais, o São Paulo passou a controlar a partida como quis. Jorge Wagner, inspirado, fazia sua melhor partida pela equipe desde que foi contratado. E, aos 28min, após roubada de bola de Júnior no meio-campo, a bola foi lançada para Leandro, que avançou e bateu cruzado, no canto direito de Marcos Leandro, para festa do técnico Muricy Ramalho no banco de reservas. Com O Tricolor agora voltará a campo no próximo sábado, para enfrentar o Atlético-PR, no estádio do Morumbi, às 18h10.