O São Paulo mostrou na tarde deste domingo que tem um dos melhores elencos do futebol brasileiro. Com apenas três atletas considerados titulares, o Tricolor fez uma grande partida, principalmente no segundo tempo e venceu com méritos o Palmeiras por 3 a 1, no clássico realizado no Morumbi.

Com o triunfo, o time foi aos 40 pontos na tabela de classificação e garantiu matematicamente sua classificação para a fase semifinal do Paulistão. De quebra, ainda ganhou moral para o decisivo duelo de quarta-feira, contra o Necaxa, pela Taça Libertadores da América, quando só a vitória interessa.

O jogo

Muricy Ramalho surpreendeu na escalação. Priorizando o duelo do meio de semana, o treinador poupou seis titulares: Ilsinho e Souza ficaram no banco de reservas, enquanto que Josué, Leandro e Aloísio nem foram relacionados. O Palmeiras, por sua vez, entrou com o que tinha de melhor.

No primeiro ataque da partida, o São Paulo abriu o marcador, com Borges, após chute de Jorge Wagner, pelo lado esquerdo. A bola desviou no zagueiro palmeirense David e sobrou limpa para o camisa 17 que, do lado esquerdo da área, bateu no ângulo de Diego Cavallieri. Foi o segundo gol do camisa 17 pelo clube do Morumbi.

Com a vantagem, a partida mudou de panorama. O Palmeiras, que assustou pela primeira vez em chute de Michael, bem defendido por Rogério Ceni, adiantou o meio-campo, na busca do gol de empate. E o São Paulo, muito bem postado no setor defensivo, tentava surpreender nos contra-ataques. No meio, Hernanes e Richarlyson se destacavam nos desarmes. Nas laterais, Reasco tinha mais espaço que Júnior para apoiar.

Aos 26min, o Palmeiras quase empatou, em cabeçada de Dininho, que acertou o travessão de Rogério Ceni. Três minutos depois, a equipe achou o empate, em lance infeliz do zagueiro Breno, que cometeu pênalti infantil em Osmar. Edmundo bateu no canto direito de Rogério Ceni e deixou tudo igual no placar.

Ainda no primeiro tempo, o Tricolor ficou novamente em vantagem. Aos 42min, após cobrança de escanteio de Jorge Wagner pela esquerda, Dininho derrubou Alex Silva dentro da área. Pênalti que o capitão Rogério Ceni cobrou com muita categoria, no canto direito de Diego Cavallieri.

Na etapa complementar, o Palmeiras voltou com uma modificação. Willian entrou na vaga de Osmar. O time ganhou em toque de bola, mas perdeu a referência dentro da área. O São Paulo, por sua vez, voltou bem postado no setor de marcação e com uma ordem de Muricy Ramalho: para que Jorge Wagner avançasse mais ao ataque, assim como o lateral-esquerdo Júnior.

O São Paulo chegou pela primeira vez aos 11min, com Reasco, que bateu cruzado pelo lado direito. Diego Cavallieri defendeu. O Palmeiras respondeu dois minutos depois, em lance de Martinez, que chutou de fora da área. Rogério Ceni, seguro, mandou pela linha de fundo. Aos 18min, Muricy Ramalho fez a primeira alteração na equipe, tirando o apagado Lenílson para a entrada de Hugo.

O time ganhou em movimentação e, aos 22min, Richarlyson, um dos melhores em campo, fez um golaço. O camisa 20 avançou pelo meio, livre de marcação e, da intermediária, arriscou chute. A bola morreu no ângulo esquerdo de Diego Cavallieri, que nada pode fazer.

A partir deste momento, só existiu um time em campo. O São Paulo tomou conta da partida e passou a tocar a bola com inteligência, explorando o desespero do Palmeiras. Jorge Wagner, outro destaque da partida, corria o campo todo. Ora estava na direita, ora na esquerda. Aos 30min, ele recebeu passe de Reasco e bateu de pé esquerdo. Diego Cavallieri defendeu. Cinco minutos depois, Borges recebeu em profundidade e, na hora do chute, foi travado por Dininho.

Os últimos cinco minutos de jogo foram de puro delírio para o torcedor tricolor. Aos gritos de “olé, olé, olé”, o time cozinhou o adversário. Souza ainda entrou na vaga de Richarlyson e, aos 47min, o juiz Wilson Seneme encerrou a partida. Festa no Morumbi.