Postura de capitão!

Postura de capitão!

Calendário 28/09/2015 - 17:47

Assim como o torcedor são-paulino, o goleiro Rogério Ceni também
deixou o Morumbi chateado com o empate com o Palmeiras (1 x 1) no
último final de semana. Com gol de Carlinhos e grande atuação, o
Tricolor vencia o Choque-Rei até os 47 minutos do segundo tempo,
quando o adversário aproveitou falha na saída de bola do São Paulo
para balançar as redes. Nesta segunda-feira (28), logo após a
reapresentação do elenco no Centro de Treinamento da Barra Funda, o
capitão – como um verdadeiro líder – fez questão de atender à
imprensa que cobre o dia a dia do clube e falar sobre o
clássico.

“Ficar de cabeça baixa depois do jogo é normal. Afinal de
contas, foi empate com sabor de derrota, porque fizemos um
belíssimo jogo. O melhor jogo dos últimos meses, onde tivemos
velocidade na saída de bola. O lance final é plausível para que
todos saiam tristes de campo, eu em especial. Os jogadores se
esforçaram, correram muito. Coloco-me junto deles, porque também
fiz partida tranquila, jogando com saída assim em 90 minutos”,
afirmou o camisa 01, que completou.

“Erro meu, erro não pelo chute em si, mas pela atitude de sair
jogando, quando o mais correto talvez fosse sair do protocolo do
nosso sistema de jogo. Não sabia quanto tempo tinha, mas sabia que
estava nos acréscimos. Temos característica de saída de bola
dominada, diferentemente dos times que preferem recompor depois. O
Osorio confia bastante em mim para esse tipo de jogada. Naquele
momento, talvez o melhor fosse o chutão. Risco que se corre. Foi
infelicidade. Se a bola não pega em baixo do pé do Alecsandro, iria
para lateral, acabaria o jogo. Todos ficam tristes”,
acrescentou.

O M1TO, que já tinha conversado com os jornalistas na saída do
gramado do Cícero Pompeu de Toledo, justificou a sua presença na
coletiva de imprensa e mais uma vez demonstrou a sua liderança e
espírito de grupo. “Na saída do jogo, você não tem tempo. Vocês
(repórteres) são em 20, 30 pessoas. Não dá para explicar da maneira
correta. Tive oportunidade de falar duas horas depois do jogo
também, mas para pouquíssimas pessoas. Por isso, estou aqui hoje”,
complementou.

Durante o bate-papo com os jornalistas, Rogério mais uma vez
enalteceu a filosofia de trabalho do técnico Juan Carlos Osorio,
que é adepto das constantes trocas de passes desde o campo de
defesa. “Em vez de ficar chutando bola da área para o meio de campo
por 90 minutos, apenas se limitando a marcar o adversário, o jogo
fica muito mais interessante para quem vai ao estádio quando se tem
uma equipe que põe a bola no chão e se propõe a chegar até a outra
área. Se acaba ontem 1 a 0, éramos fantásticos. Aos 47, quando sai
o gol, a gente já não é tão fantástico”, opinou.

Por fim, com o intuito de deixar o tropeço para trás e já
projetar os próximos desafios do Tricolor na temporada, o capitão
avaliou o duelo com o Vasco que será disputado nesta quarta-feira
(30), às 22h (de Brasília), no Rio de Janeiro, pela volta das
quartas de final da Copa do Brasil. Na ida, na capital paulista, o
São Paulo venceu por 3 a 0 e garantiu a vantagem para o confronto
no Maracanã.

“Não é obsessão (título), falta mesmo, porque nunca ganhei, mas
é minha última chance de ser campeão como atleta. Tentarei motivar
ao máximo meus companheiros, para que a gente possa ter uma
oportunidade de ter mais um quadro na parede. Um caminho muito
difícil a partir de agora, mas também grande oportunidade para
todos. Grande oportunidade para mim, por ser a última, mas para
todos”, finalizou o camisa 01.

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