Calendário 9/08/2007 - 00:00

Um time frio, que esbanjou personalidade e conquistou a sua sexta vitória consecutiva no Campeonato Brasileiro. Para o goleiro e capitão Rogério Ceni, o segredo do sucesso do São Paulo é a maneira que o time se comporta em campo. “Soubemos controlar o Botafogo. Quando jogarmos fora de casa, será sempre assim. Um time bem fechado na defesa e que explora os contra-ataques. Fizemos por merecer o resultado”, afirmou o camisa um. “Nosso time está crescendo na hora certa. Tem a mescla da juventude de atletas com o Breno, o Hernanes, com a experiência de jogadores como o Júnior, o Jorge Wagner, eu. E isso está dando o resultado esperado”, continuou o goleiro.


Com os pés no chão, Rogério Ceni disse que, apesar dos cinco pontos de vantagem na tabela de classificação, não é hora de comemorar ou achar que o campeonato está decidido. “Na verdade, não são cinco pontos porque o Botafogo tem um jogo a menos, contra o Corinthians. Se vencer, cai para dois. E, com uma derrota, nós estaremos mortos. Por isso, não podemos vacilar”, alertou o capitão.


O goleiro aproveitou o embalo da vitória para pedir a presença da torcida na partida do próximo sábado, contra o Atlético-PR, no estádio do Morumbi. “Foi bom voltar ao Maracanã e ver a festa que foi, com quase 50 mil pessoas. Espero que a torcida do São Paulo possa fazer a mesma coisa. Podemos não estar jogando um futebol plasticamente bonito, mas acho que a nossa equipe merece um crédito por tudo que está fazendo”, ressaltou.


Já o zagueiro Alex Silva disse que o grande segredo do São Paulo é a obediência tática. “Nós fazemos rigorosamente o que o professor Muricy pede. Fora de casa, temos de jogar priorizando a marcação e saindo para os contra-ataques. Conquistamos uma vitória muito importante e agora é dar seqüência na competição”, afirmou o camisa 15 do time do Morumbi.


O técnico Muricy Ramalho seguiu a linha de raciocínio de Rogério Ceni. “Foi apenas uma boa vitória e nada mais. No sábado, temos outra pedreira pela frente, contra o Atlético-PR e, se não vencermos, o Botafogo poderá encostar novamente. Mas o meu elenco sabe o que é certo ou errado”, ressaltou o treinador.


Mais uma vez, a versatilidade do time foi elogiada. Jorge Wagner começou na ala e terminou como meia. Richarlyson iniciou como volante e acabou como ala esquerda. Leandro foi meia e depois virou atacante. “Nosso elenco realmente é excelente. Por isso que eu nunca gosto de reclamar dos desfalques. Prefiro elogiar quem vai entrar”, lembrou o sempre exigente comandante tricolor, que até brincou com os jornalistas na entrevista coletiva. “E o treinador, que escala e muda as posições, nunca é lembrado? No Brasil, é assim mesmo.”


 


 

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