Quem foi ao Morumbi ou acompanhou o jogo do Tricolor viu: foram
inúmeras oportunidades, principalmente no segundo tempo, para
derrotar o Atlético Nacional-COL por um placar ainda mais elástico
e avançar para a grande decisão da Sul-Americana de 2014. No
entanto, nos pênaltis após devolver a derrota por 1 a 0 na etapa
complementar, o São Paulo se despediu do torneio. Durante a
coletiva de imprensa, assim como todos os são-paulinos, o técnico
Muricy Ramalho lamentou a forma como a equipe deixou a
competição.
“O futebol fica nos devendo essa, porque, no que eu me lembro da
minha carreira, é a maior injustiça que eu já vi. Principalmente
pelo que jogamos no segundo tempo. Vamos ficar até amanhã
analisando e não temos condições de encontrar o motivo da queda. A
gente se preparou bem, mas pênalti é assim”, avaliou o treinador,
que acrescentou.
“Falei para os jogadores no vestiário: eles podem ficar tristes,
mas não devem abaixar a cabeça. Eles deixaram tudo dentro de campo.
O duro é quando você vai para o chuveiro e pensa no que poderia ter
feito. Hoje, não podem falar nada. Os caras correram, o nosso time
jogou bola, nossos volantes foram fantásticos A gente não está
procurando nada que nos conforte. Futebol tem coisas que não se
explicam. Volto a repetir: foi a maior injustiça que já passei no
futebol”, lamentou.
No confronto com os colombianos, o Tricolor venceu por 1 a 0 na
etapa complementar, com o gol marcado pelo meia Paulo Henrique
Ganso, e lutou para evitar que a partida fosse para as penalidades
máximas. No segundo tempo, mais agressivo e com muita intensidade,
o time brasileiro encurralou o adversário e criou inúmeras
oportunidades para anotar o segundo gol. No entanto, apesar de
batalhar e dominar a partida, a equipe são-paulina não conseguiu
evitar a eliminação.
“Do goleiro ao ponta esquerda, todo mundo jogou bola. Nossos
volantes foram fantásticos, correram muito. Entramos pelo lado
direito, pelo esquerdo, entramos embaixo, em cima, fizemos o
possível. Não estamos procurando conforto, mas fizemos o que
tínhamos de fazer para ganhar. Tenho 26 anos de carreira de técnico
e nunca vi nada parecido. Jogamos muito no segundo tempo. Tivemos
mais volume e criamos bastante, mas não foi possível vencer”,
finalizou Muricy.