Calendário 20/08/2009 - 00:00

Foto: Rubens Chiri / www.saopaulofc.net


Foram quatro meses e seis dias seguindo uma rígida rotina para voltar a defender o Tricolor. Mas quem pensa que os sacrifícios pelos quais o goleiro Rogério Ceni passou para curar a fratura no tornozelo esquerdo acabaram está muito enganado. O capitão ainda trabalha muito mais que o tempo da partida de futebol para conseguir defender a meta são-paulina.


 


Após a partida contra o Fluminense, o arqueiro demorou mais de uma hora para atender aos jornalistas devido ao tratamento que precisa fazer para diminuir as dores. Antes do jogo, a rotina do camisa 1 também não é nada estimulante. Na quarta-feira, foram duas seções de fisioterapia para poder atuar.


 


“Essa noite descansei bem no CT. Acordei às dez horas da manhã e já fui para o Reffis fazer manipulação. Almocei, dormi, e novamente fui ao Reffis para um aparelho que realiza movimentos no tornozelo. Saí para o estádio, cheguei aqui e o pessoal já tinha deixado pronta a minha preparação para as bandagens e tudo mais, e depois do jogo ainda tive que entrar no gelo”, explicou.


 


Apesar de tudo o que precisou passar para jogar com o Fluminense diante dos torcedores que compareceram ao Morumbi e vibraram com a presença de Rogério, o goleiro saiu de campo muito satisfeito e contente em voltar a jogar.


 


“Fico feliz de estar aqui diante de vocês hoje [jornalistas], especialmente depois de uma vitória sofrida como foi hoje. Foi um tempo bem razoável entre cirurgia e retorno, sempre com alguma dificuldade, o pé fica um pouco dolorido, mas tudo isso é válido pra eu ter uma recuperação importante do tornozelo e conseguir ter sequência no campeonato, podendo jogar no domingo”, completou.


 


Mesmo em meio até a sofrimento, devido ao cansaço e dedicação ao seu tratamento, Rogério acredita que cada minuto do jogo, mesmo com dor, foi muito válido para premiar tanto a ele quanto às pessoas que o ajudaram, seja com palavras de incentivo ou tendo relação direta com seu tratamento.


 


“Nunca tinha sofrido uma cirurgia como essa e só quem passa por tudo isso sabe da dificuldade. Quanto mais velho você está encontra mais obstáculos. As pessoas pensam que não tenho mais dor. Mas tenho que ficar trabalhando porque se não fizer isso, amanhã não se consegue dar sequência. Hoje temos que ir muito além dos 90 minutos.”


 


“Hoje, não preciso só dos 15 minutos pra me trocar depois do jogo, tenho que fazer proteção, até sai sangue de tanto esparadrapo que preciso usar no tornozelo. É uma situação que as pessoas de fora têm que ver, mas eu fico feliz porque premia não só a mim, insere vários outros profissionais de várias áreas, a dedicação de muita gente que me ajudou a estar aqui”, agradeceu o capitão.

Compartilhe esse conteúdo

Deixe seu comentário