Mostrando polivalência que sempre foi uma das características do clube, alguns jogadores do São Paulo não jogaram em suas posições de origem durante a campanha vitoriosa de 2008 e em algumas partidas desta temporada. Exemplos disso são Richarlyson, recuado para a defesa ou atuava na lateral-esquerda e Jorge Wagner, que passou grande parte do ano do hexa atuando como ala. Em 2008, o camisa 20 jogou 53 partidas, sendo que em 25 delas não atuou em sua posição de origem. Jorge Wagner seguiu o mesmo caminho. Foram 64 jogos feitos e 30 atuando fora do meio-campo. Isso sem contar as vezes em que os dois jogadores começaram desempenhando seu papel no setor do campo no qual começaram como atletas, mas foram modificados no decorrer da partida. Pelo que desenhou em seu primeiro coletivo, o treinador Ricardo Gomes deve modificar mais uma vez a função desses são-paulinos, voltando-os para suas posições originais. No início do treinamento da última quinta-feira, Richarlyson atuou como volante, no time titular. Jorge Wagner foi meio-campista, na equipe reserva. E é nessas posições que o técnico pensa em utilizar os dois jogadores, pelo menos inicialmente. “Depende sempre do que vamos fazer, do estilo de jogo. Mas quando penso no Jorge Wagner, penso no meio-campo, assim como o Hernanes, que acho que é volante. Mas isso depende do desenho do meio-campo, se eu colocar três cabeças de área mais fixos, eles têm mais liberdade, senão é o contrário”, afirmou. Essa mudanças dos jogadores à posição “normal” tem outra motivação. Além de desejar aproveitar a qualidade dos atletas em seu lugar de origem, Ricardo Gomes quer que o ataque seja mais servido pelos meio-campistas. “O atacante precisa que principalmente o meio-de-campo, o alimente. O São Paulo tem imposto seu jogo e só falta finalizar, é preciso criar jogadas para colocar os dois atacantes de área em boas condições”, finalizou.