“É impressionante o tanto de chances que a gente criou, mas o
Pratto deve estar muito feliz. Quem não faz, toma”. A análise do
volante Hudson resume, com fidedignidade, como foi o duelo entre
São Paulo e Atlético-MG na noite desta quarta-feira (29). Sem se
intimidar diante do líder do Campeonato Brasileiro, o Tricolor
criou inúmeras oportunidades para marcar, carimbou a trave, mas
esbarrou na falta de sorte e nas grandes intervenções do goleiro
Victor.
“Chegamos, tivemos finalizações, mas hoje infelizmente não era o
nosso dia. Demos azar em alguns lances, até criamos boas atuações
para marcar, mas faltou caprichar um pouco”, acrescentou o atacante
Luis Fabiano, que deu trabalho aos marcadores rivais, levou perigo
e buscou o jogo. Principalmente quando estava zero a zero, até os
20 minutos do primeiro tempo, os paulistas ditaram o ritmo do
confronto.
Explorando as movimentações de Alexandre Pato – que marcou o gol
solitário dos visitantes – e Luis Fabiano, o São Paulo teve
iniciativa e não merecia sair derrotado da forma que foi. No
entanto, nos contragolpes, os mandantes souberam bater Rogério
Ceni. “Há coisas no futebol que não dá para compreender.
Independentemente do resultado, nós criamos muito”, avaliou Michel
Bastos, que completou.
“Até os 25 minutos do primeiro tempo, criamos três ou quatro
chances e eles não tiveram oportunidades. Quando chegaram,
concluíram bem. Mas não fizemos uma má partida, não. Não só eu, mas
todos os meus companheiros também pensam dessa forma. De qualquer
forma, temos coisas boas para levar na bagagem, além do aprendizado
para melhorar”, finalizou.
Para digerir o injusto resultado e tentar se recuperar, o
Tricolor terá dez dias até o próximo compromisso. No dia 9, no
Morumbi, o São Paulo receberá o Corinthians. Até lá, os jogadores
terão tempo para descansar e trabalhar no Centro de Treinamento da
Barra Funda para buscar os três pontos no clássico. Após 16 jogos,
o clube segue na cola do G4, na quinta colocação, com 27
pontos.