Acabou a Copa Libertadores e o Campeonato Brasileiro volta a sediar jogos às quartas e quintas-feiras. Desta forma o São Paulo, que passou as últimas seis semanas com a devida preparação, volta a enfrentar uma intensa maratona de jogos. A partida do próximo domingo, contra o Ipatinga, no Morumbi, abre uma série de 11 jogos pelo Brasileiro nos próximos 35 dias. O time fará nada menos que um jogo a cada 3,2 dias, sendo que terá neste período viagens para Recife, Salvador, Florianópolis, Porto Alegre e Rio de Janeiro. Depois do time mineiro, o Tricolor encara Náutico (F), Palmeiras (C), Vitória (F), Botafogo (C), Internacional (F), Portuguesa (C), Figueirense (F), Vasco (C), Fluminense (F) e Goiás (C). O técnico Muricy Ramalho prevê partidas piores no nível técnico a faz duras críticas ao calendário. “É como no teatro, precisa haver ensaio para se fazer uma grande apresentação. No futebol é a mesma coisa. Quando está bem treinado, o time tem muita chance de fazer um grande jogo”, diz, indignado. Muricy lembra ainda que a partir de agora as lesões começam a aparecer e deixar as equipes ainda mais debilitadas. “Hoje tenho todos os atletas à disposição. Daqui a pouco vocês verão o Reffis cheio de gente. Ninguém agüenta esta seqüência”, afirma. O zagueiro Miranda admite preferir jogar a treinar, mas ressalta o desempenho do time no período de seis semanas sem atuar às quartas. “Eu prefiro jogar, mas não tem comparação. Desde pudemos treinar de verdade não perdemos mais nenhum jogo”, lembra o camisa 5, referindo-se a última derrota da equipe na temporada, para o Fluminense, ainda na Libertadores, dia 21 de maio – uma quarta-feira. A série do São Paulo sem folgas no meio de semana fica ainda maior se contarmos as duas partidas pela Copa Sul-Americana, contra o Atlético Paranaense, dias 13 e 27 de agosto. Ao todo, o time tricolor terá uma seqüência mínima de 17 partidas sem descanso – e praticamente com treinos apenas para a recuperação dos jogadores.