A importância da parte física no futebol já é um assunto mais do que batido, até mesmo nas discussões entre os torcedores nas arquibancadas. O São Paulo é conhecido mundialmente pela excelência de seus profissionais desse setor e pelas diversas inovações que proporciona aos seus atletas na fisioterapia, no tratamento médico, na preparação física e também na fisiologia.

E foi dos profissionais dessa área do clube que chegou ao Tricolor a última das novidades, que têm chamado a atenção de muitos outros trabalhadores do Esporte e também dos torcedores, que entram em contato com o São Paulo para saber mais sobre a inovação: é a fita de sais minerais usada pelos jogadores para a reposição dos nutrientes.

“A perda de água e sais minerais pelo suor, principalmente sódio e potássio, é um dos principais fatores causadores de fadiga e cãibras em várias outras modalidades esportivas. Este tipo de problema é ainda mais importante em um país de clima tropical como o Brasil. Um jogador de futebol chega a perder de 3 a 4 quilos em uma partida, sendo que mais de 90% desse peso corresponde a líquido perdido com a sudorese. Uma perda dessas suor acarreta portanto uma enorme perda de sódio e potássio que não são repostos pela ingestão de água“, explica Turíbio Leite de Barros, fisiologista do São Paulo.

Para diminuir o prejuízo com o suor, o São Paulo, no Mundial Interclubes de 2005, já começou a analisar individualmente as perdas de cada atleta, que são consideravelmente diferentes de jogador para jogador. Atento à necessidade de minimizar esse problema, o clube patrocinou seus profissionais no Congresso do Colégio Americano de Medicina Esportiva, no qual surgia um produto feito de sais mineiras na forma de fitas flavorizadas, que se dissolvem na boca.

“Quando o líquido ingerido tem a mesma composição para todos os atletas fica impossível adequar às necessidades individuais. Além disso, a absorção de sódio e potássio pelo organismo só ocorre no intestino, sendo necessário um bom intervalo de tempo para o líquido chegar ao estômago, sair dele e só então ser absorvido no intestino. A fita traz como vantagens ser absorvida imediatamente na mucosa bucal, permite ajustar de forma individualizada a reposição de minerais, é ingerida paralelamente à ingestão de água e não contém calorias“, completou.

Com as fitas, os jogadores ingerem a quantidade ideal de nutrientes para cada um deles, sendo que quem tem maior perda de nutrientes tem administradas mais fitas, e o contrário também. Sem o uso desse produto, os são-paulinos teriam que comer uma grande quantidade de alimentos como bananas (que contém potássio) e laranjas (sódio), o que é mais difícil, pois requer disposição gástrica e apetite para essa ingestão.

“Os resultados obtidos nos permitiram zerar os casos de cãibras e potencializar os resultados da preparação física dos atletas, já considerada excelente pela competência dos professores Carlinhos Neves e Sergio Rocha“, comemora Turíbio.

Para garantir a continuidade da utilização do produto, que hoje é importado, o São Paulo conta com a participação de uma empresa 100% brasileira que será a responsável pela distribuição das fitas no Brasil, a partir do segundo semestre deste ano.

“Assim, mais uma vez o São Paulo sai na frente em termos de ciência e tecnologia trazendo não só para seus atletas como também para outros profissionais e praticantes de atividades físicas um produto que tem causado verdadeira sensação no meio do esporte“, finalizou.

Foto: Site Oficial / www.saopaulofc.net

Profissionais do Universo, time de basquete de Brasília, vieram a São Paulo para saber mais sobre a fita