Calendário 5/03/2009 - 00:00

Há exatos 31 anos o Tricolor abria caminho para o grande sucesso que tem hoje em campeonatos nacionais. Em 05 de março de 1978 a equipe sagrava-se campeã brasileira da competição de 1977, decidida apenas noo ano seguinte, pela primeira vez.


 


O São Paulo ganhou seu primeiro campeonato brasileiro no Mineirão, diante do Atlético e de mais de 100 mil mineiros, que fizeram, naquele dia, o maior silêncio da história do grande estádio. Depois de um 0 a 0 nos 90 minutos e na prorrogação, o título foi disputado nos pênaltis. Faltavam três cobranças para cada time e o Atlético vencia por 2 a 0. Aí o Tricolor “virou” a série, acertando as três últimas cobranças enquanto o Galo errou duas.


 


O volante Chicão, mesmo perdendo um pênalti (escorregou na hora da batida) saiu como herói desse jogo, especialmente por causa de um lance que deu muita polêmica: chutou o pé do atleticano Ângelo, instando-o a se levantar e deixar de fazer cera. Ângelo, entretanto, havia sofrido uma contusão grave os “inimigos” tentaram condenar o volante são-paulino impondo-lhe a pecha de carrasco, que nunca foi aceita por nossa torcida. Raçudo, sim carrasco, não! – mesmo porque naquela altura da prorrogação o Atlético todo estava fazendo cera.


 


O técnico tricolor era Rubens Minelli (o mesmo que ocupou em 99 o cargo de coordenador do futebol). Ele conquistou ali o seu tricampeonato brasileiro. Havia sido bicampeão com o Inter de Porto Alegre em 1975/1976. Ao ser contratado, Minelli fora encarregado de reestruturar o elenco, que em 1976 não ganhara nada e que em 1977 não conseguira, frente ao Corinthians, o empate que colocaria o São Paulo na final do Paulista, contra a Ponte Preta. Os adversários,  de gozação, diziam que o técnico havia trocado a MacLaren pelo Cooperçúcar, numa alusão ao piloto Émersom Fittipaldi, campeão da Fórmula-1 com a MacLaren. Ele, não ganhava mais nada com a equipe que montou, patrocinada pela Cooperçúcar.


 


Minelli reformulou mesmo o elenco tricolor. Do time campeão paulista de 75, só participaram da final do Brasileiro de 77 o goleiro Valdir Perez, os volantes Chicão e Teodoro e o centroavante Mirandinha, que voltava a jogar depois de mais de três anos em recuperação de uma fratura na perna. O centroavante titular, Serginho, não pôde jogar a final porque estava suspenso. Antes do jogo, o presidente Henri Aidar afirmava a todas as emissoras que Serginho iria atuar porque o São Paulo havia conseguido uma liminar suspendendo a pena. Ele viajou a Belo Horizonte e até foi visto com uniforme de jogo. A “guerra de nervos” também funcionou.


 


Fazendo o impossível acontecer


 


O São Paulo começou a série de cinco pênaltis com Getúlio, que errou. O Atlético também errou, com Toninho Cerezo. O São Paulo errou o segundo, com Chicão, enquanto Ziza fez 1 a 0 para o Atlético. Peres marcou o primeiro gol são-paulino na terceira cobrança, mas Alves também marcou para o Atlético. Faltavam dois pênaltis para cada time. Para vencer, o São Paulo teria que acertar os dois e o Atlético tinha de errá-los. Bezerra acertou, Joãozinho Paulista errou. Ou melhor, Valdir Perez defendeu; Antenor acertou, Márcio erro, chutou fora. O impossível (o Atlético errar os dois últimos pênaltis) aconteceu. E o São Paulo, a certando as duas últimas cobranças, foi campeão.

Compartilhe esse conteúdo

Deixe seu comentário