Ao término da derrota para o Goiás (3 x 0) neste final de
semana, os jogadores são-paulinos deixaram o Morumbi chateados com
o resultado negativo e cabisbaixos após as vaias da torcida, que
não aprovou a postura do time. No entanto, durante a coletiva de
imprensa, o técnico Juan Carlos Osorio saiu em defesa de seus
comandados e demonstrou personalidade.
Para encarar os goianos, o time não pôde contar com Luiz Eduardo
(suspenso), Rodrigo Caio (aprimora a forma física após tendinite no
joelho), Luis Fabiano (corte no pé direito), Wilder (aprimora a
forma física), Alan Kardec, Daniel e Denis (se recuperam de
cirurgias). Além deles, com inflamação e edema no músculo adutor
direito, o capitão Rogério Ceni também não teve condições de entrar
em campo.
Desta forma, com oitos mudanças em relação ao triunfo sobre o
Figueirense (2 x 0) – algumas delas seguindo o rodízio que Osorio
costuma adotar -, apenas Breno, Wesley e Alexandre Pato
permaneceram na equipe, que atuou com Renan Ribeiro; Lucão, Breno e
Edson Silva; Bruno, Hudson, Wesley, Michel Bastos e Carlinhos;
Centurión e Alexandre Pato.
“Errei. Nada deu certo. Assumo a responsabilidade. Futebol é
assim: algumas vezes você acerta. Em outras, nada dá certo. Hoje,
eu errei. Eu pensava em utilizar o Breno metade do jogo como
zagueiro e o outro tempo, como volante, mas ele se machucou logo
aos sete minutos. Foi uma partida muito ruim para nós. O Goiás tem
um bom time, que joga por transições rápidas, e conseguiu várias
delas”, avaliou o colombiano, que completou.
“Tivemos uma chance com o Ricardo (Centurión), não
concretizamos, e eles fizeram o segundo gol. Aí, foi um caos total.
Não é um problema defensivo, e mais ofensivo. É fácil dizer que a
defesa foi mal. Eu acho que existem outros temas mais importantes
para debater. Sobre as mudanças no time, eu falo para eles, e não
pergunto se eles estão ou não de acordo. Eu explico por que o outro
jogador merece a oportunidade”, acrescentou.
Por fim, Osorio opinou sobre as críticas da torcida, que durante
o jogo não aprovou a atuação de alguns atletas. “Não acho justas as
críticas. Acho que Rafael lutou, e Ganso, quando entrou, tratou de
jogar também. Se a torcida quer buscar um culpado, eu sou o
culpado. Eu corro os riscos. Vocês todos falam sobre o problema do
futebol brasileiro, mas não tratam de solucioná-los. Eu busco
solucionar os problemas do São Paulo. Não mudo os meus princípios”,
finalizou o treinador são-paulino.
Na próxima quinta-feira (20), às 21h30 (de Brasília) novamente
na capital paulista, o São Paulo receberá o Ceará pelas oitavas de
final da Copa do Brasil. Pelo Brasileirão, a equipe jogará de novo
apenas no final de semana, quando visitará o Flamengo no dia 23, no
Rio de Janeiro, pela 20ª rodada. Com 31 pontos, até o desfecho da
rodada, o Tricolor ocupa a quarta colocação no torneio.