Um dos grandes zagueiros que defenderam o Tricolor, Dario Pereyra completou 60 anos de idade na última semana e foi homenageado pelo clube no sábado (23). ‘Embaixador do Jogo’, o uruguaio passou o dia no Centro de Treinamento da Barra Funda, almoçou com a delegação, acompanhou a preleção do técnico Ricardo Gomes e depois seguiu para o Morumbi, onde reforçou a torcida pelo São Paulo na importante vitória sobre a Ponte Preta por 2 a 0.
Das mãos do compatriota Diego Lugano, o ex-jogador recebeu uma camisa do Tricolor e foi saudado pela torcida. “Fiquei muito honrado com esta homenagem. Foi muito bom e fiquei feliz com este reconhecimento do clube e dos torcedores. Torci bastante pela vitória, então posso dizer que tive um sábado completo”, afirmou o ex-atleta, que fez história no São Paulo e marcou uma geração.
Dario Pereyra era craque na bola e na raça, característica comum no jogador uruguaio. Chegou como volante e demorou a se firmar, o que acabou ocorrendo perto de um ano depois, quando foi deslocado para a quarta-zaga. Após ter ganho confiança, voltou a atuar algumas vezes como volante e o fez com maestria. Suas arrancadas em direção ao ataque eram de tirar a respiração dos torcedores. Tinha uma velocidade incrível e um chute muito forte. Além de grande defensor e armador, fez muitos gols pelo São Paulo.
Foi contratado em 1977 e defendeu a equipe até 1988. Neste período, disputou 453 jogos, balançou as redes 37 vezes e fortaleceu o time nas conquistas do Campeonato Brasileiro de 1977 e 1986, além do Campeonato Paulista de 1980, 1981, 1985 e 1987. “O São Paulo é o clube que me trouxe do Uruguai, e defendi esta camisa durante dez anos. Depois, foram mais quatro como treinador dos juniores e profissional. Então, dos meus 60 anos de idade, 14 foram dedicados ao São Paulo. Imagina o quanto isso significa? É difícil até explicar em palavras”, acrescentou o Don, que matou as saudades do São Paulo.
“Há muito tempo não ia ao CT. E foi legal perceber que lá está cada vez mais bonito e modernizado. Lindo mesmo. Os jogadores têm tranquilidade para trabalhar, tudo muito organizado e esta paz é importante no dia a dia. Os atletas se sentem bem. Tive um dia especial, lembrei-me da época em que jogava no Morumbi e isso não tem preço”, finalizou.