Harmonia: 10. Evolução: 10. Estas são as notas do elenco
são-paulino, que definitivamente ganhou a confiança do técnico
Muricy Ramalho e foi liberado das concentrações neste início de
temporada 2015. A iniciativa, que ganhou força em alguns jogos de
2014, reforça ainda mais o comprometimento dos atletas com o
Tricolor.
“Tem de ver o grupo que você tem. Quando cheguei (em 2013), era
difícil falar isso, era um grupo indisciplinado. O grupo do ano
passado dá todas as respostas de disciplina. Não tem uma
reclamação. Tudo eles cumprem bem. Eles me deram essa confiança. É
terrível ficar aí, em um quarto preso. Não é necessário, vimos na
Copa os times na praia”, afirmou o comandante, que completou.
“Mas eles sabem que se fizerem coisa errada, vão pagar pelo
erro. Esse grupo não precisa concentrar, porque são jogadores de
bom caráter e responsáveis. É o grupo que vai fazendo isso. Eles
chegam no horário, jogam bem… Não muda nada a concentração”,
explicou o treinador durante a coletiva de imprensa desta
sexta-feira (13), no Centro de Treinamento da Barra Funda.
Nem mesmo o carnaval, que começa neste final de semana, fez
Muricy duvidar do comprometimento de seus atletas. Ao término das
atividades desta sexta, os jogadores foram liberados para ficarem
com seus familiares. Assim, somente na manhã deste sábado (14) o
elenco irá se reapresentar antes de seguir viagem para Bragança
Paulista, onde o Tricolor medirá forças contra o Bragantino às
18h30 (de Brasília).
“Para o futebol não existe carnaval. Eles sabem disso, têm de se
cuidar. Fica fácil, eu prendo eles dois, três dias aqui, mas não
existe. Eles têm obrigação de se comportar. Se não fizer, vão ter
problema, isso é combinado. Eles têm de ser profissionais. Ninguém
é maluco de prender jogador, mas tem de se alimentar, dormir bem, é
obrigação do cara. O cara tem de ser discreto”, completou o
técnico, que não vai para a ‘avenida’.
“Já gostei mais, hoje é tudo igual, só muda a fantasia. Muito
barulho (risos). Os caras têm de parar com isso de o técnico ser
babá de jogador. Tenho meus filhos em casa. Eles têm de ser
responsáveis pelo físico deles, eles são pagos para isso. Estou
cortando a concentração porque é muito chato. Eles têm liberdade,
mas sabem que se saírem disso vão ter problemas”, finalizou.