Foto: Rubens Chiri / www.saopaulofc.net

Antes de atuar no embate contra o Guaratinguetá, o atacante Dagoberto somava 14 partidas nesta temporada, sendo 12 no estadual e duas na Libertadores. Em todos esses jogos, o camisa 25 ainda não havia conseguido fazer gol, tabu que foi colocado abaixo no 15º jogo do são-paulino no ano.

Aos 42 minutos do primeiro tempo, Jorge Wagner fez o lançamento rasteiro visando o companheiro, que estava na ponta esquerda da área. A bola passou por todo mundo e sobrou limpa para Dagoberto, que teve calma para ajeitar e bater, sem dar chances para o goleiro Fernando.

“Todo o atacante é cobrado por isso, é difícil ficar sem marcar porque a gente é cobrado a cada dia. Se eu pudesse marcar todo jogo faria isso, mas a vida é assim mesmo, as coisas nunca são fáceis. Hoje eu tive várias oportunidades antes do gol e não consegui fazer, mas continuei tentando. Esse é o lema, sempre trabalhar que uma hora as coisas dão certo”, comemorou o jogador.

Além de colocar abaixo a escassez de gols do jogador neste ano, o tento também deixa outra marca pra trás: desde que chegou ao clube, em abril de 2007, Dagoberto havia marcado 14 vezes, mas nenhuma delas em jogos do Campeonato Paulista. Por isso, o atleta, que no próximo jogo completará 100 partidas com a camisa do São Paulo, comemorou ainda mais por ter ajudado a equipe na última quinta-feira.

“O gol e a vitória foram muito importantes. No meu modo de ver a equipe fez uma bela partida, criamos muitas jogadas, envolvemos a equipe deles, infelizmente os gols não estavam saindo no começo, mas deu tudo certo. É uma fase nova pra mim, se tudo fosse mil maravilhas não teria graça, mas quando você passa por um mau momento tem que dar a volta por cima”, completou.

A última vez em que o camisa 25 havia marcado um gol pelo Tricolor aconteceu no Campeonato Brasileiro de 2008, na vitória por 3 a 0 sobre o Internacional, quando Dagoberto roubou uma bola ainda no campo de defesa e fez uma jogada maravilhosa antes de completar para as redes. O jogador reconhece que não vive a melhor fase da carreira e por isso prefere enaltecer a boa temporada dos companheiros de posição.

“Todo mundo sabe que o nosso meio exige muito, e jogar em um clube grande aumenta ainda mais a cobrança. Nos outros anos também aconteceram as coisas assim, sempre deixei claro que não sou um artilheiro e também não estou em uma grande fase. Borges e Washington estão mostrando aí o poder de conclusão porque são artilheiros. Tenho consciência da minha responsabilidade e vou continuar trabalhando para as coisas melhorarem”, definiu.