Muricy Ramalho inicia seu quarto ano a frente da equipe do São Paulo com a segurança de ter mais dois a cumprir. Após cinco minutos de conversa com presidente Juvenal Juvêncio, ele aceitou a proposta de renovação até dezembro de 2010 – encerrava no final deste ano – por inúmeros motivos.

“É um casamento ideal, pois tanto eu como os dirigentes do clube pensam igual. Sentamos e em cinco minutos estava tudo resolvido”, disse o técnico, que mais uma vez não exigiu cláusula para quebra de contrato. “Acho que devemos ser livres. Só fico no clube se for bom pras duas partes”, emendou.

Em três anos, três títulos brasileiros, o primeiro tricampeonato consecutivo da história do Tricolor. Além dos títulos, o que mais orgulha o comandante são-paulino é revelar atletas e vê-los na seleção brasileira.

“Revelar um jogador e vê-lo na seleção é uma satisfação que não tem preço, mais até que ganhar títulos. E o São Paulo me proporciona tudo isso”, diz Muricy, que em três anos viu as revelações Breno, Alex Silva, Ilsinho e Hernanes, entre outros, vestir a amarelinha.

Pensando em títulos, Muricy diz o quão é importante dar continuidade ao trabalho. “Sequência de trabalho dá resultado, deixa a equipe mais consistente. Isso serve também com jogadores, não só com técnico. É muito importante criar vínculo, gostar do clube e conhecê-lo bem. A base é muito importante de ser mantida de um ano para o outro”, ressalta o treinador.