“A boa formação do São Paulo me permite escolher se vai ser o David, o Luiz, o Pedro…”

“A boa formação do São Paulo me permite escolher se vai ser o David, o Luiz, o Pedro…”

Calendário 22/10/2016 - 20:43

Quando anunciou a escalação do Tricolor neste sábado (22) para o confronto com a Ponte Preta (2 a 0), o técnico Ricardo Gomes surpreendeu: montou o time com cinco jogadores lapidados no Centro de Formação de Atletas Laudo Natel, em Cotia, e formou o ataque com David Neres e Pedro Bortoluzo. A aposta do treinador funcionou, e o São Paulo conquistou mais uma importante vitória no Campeonato Brasileiro de 2016. E de acordo com o treinador, o trabalho desenvolvido nas categorias de base fortalece o time são-paulino.

“A boa formação é do São Paulo, não minha. Quando cheguei, fizemos dois jogos-treinos contra o Sub-20 e reparei no David. Ele teve uma lesão do ombro, perguntei e disseram que ele só tinha feito dois jogos depois da cirurgia. Veio para o banco duas, três vezes. Quando voltou, está sempre mostrando qualidade. Isso é fácil, vocês reconhecem, mas a boa formação do São Paulo me permite escolher se vai ser o David, o Luiz, o Pedro… Não foi mais cedo pela lesão do ombro”, avaliou o treinador, que completou.

“Ele teve a sorte, estava no lugar certo, na hora certa. Foi mais acionado no segundo tempo, e isso melhorou bastante o futebol dele. No primeiro, a bola passou pouco por ele”, afirmou o comandante são-paulino, que também opinou sobre o embate com os campineiros. “A vitória nos deu um alívio, porque tínhamos antes do jogo contra o Fluminense um ponto acima da zona. Agora é diferente. Mas temos que manter esse ritmo de atuações. Gostei da intensidade do jogo”, acrescentou.

Para encarar os campineiros, os anfitriões tiveram uma série de desfalques: Breno e Ytalo (cirurgias no joelho), Lucas Fernandes (cirurgias no joelho e no ombro), Bruno (estiramento no posterior da coxa esquerda), Hudson (estiramento no posterior da coxa direita) e Carlinhos (estiramento no adutor da coxa esquerda), além de Buffarini, Maicon e Lugano (suspensos pelo terceiro cartão amarelo). Com o retorno de Lyanco, recuperado de lesão muscular, o técnico Ricardo Gomes escalou o time com cinco jogadores promovidos pelo clube – o zagueiro foi revelado no CFA, mas foi contratado para a base.

Dessa forma, o Tricolor atuou com Denis; Wesley, Rodrigo Caio, Lyanco e Mena; João Schmidt, Thiago Mendes e Cueva; Kelvin, David Neres e Pedro Bortoluzo. Com esta formação tática, Neres caiu pela ponta direita, Kelvin pela esquerda e Cueva centralizado: todos com a missão de abastecer Bortoluzo no ataque. O São Paulo tentou explorar a velocidade dos homens de frente para criar as jogadas e envolver o adversário, que foi escalado com Aranha; Nino, Antônio Carlos, Fábio Ferreira e Reinaldo; João Vitor, Wendel e Maycon; Rhayner, Clayson e Roger.

“Foram muitas modificações na equipe. Temos algumas coisas boas. Fizemos boas jogadas no primeiro tempo e no segundo tempo. É verdade que o conteúdo do jogo não foi o que esperávamos, mas a equipe estava bem mexida. Isso tem um peso. A partir do pênalti, a Ponte Preta adiantou a marcação, e tivemos dificuldade. Mesmo assim, criamos oportunidades. Só que o jogo não estava fluindo. Tomamos decisões erradas. Quando era para alongar, estava jogando curto. Quando era para jogar curto, estávamos alongando. Mesmo assim, a intensidade já pagou. Se erra nas escolhas e na intensidade, não dá. O time manteve intensidade em 90 minutos. Isso foi muito legal. Agora, claro, temos que melhorar as escolhas, com treinamento”, finalizou.

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